Atualmente no comando do “Sábado Total”, na Rede TV!, Gilberto Barros não tem como esconder o seu passado. Considerado um dos maiores apresentadores da TV brasileira, o Leão, como é conhecido, lembra com carinho passagens por várias emissoras.
Em entrevista exclusiva ao RD1, o animador desabafou quando questionado sobre os três anos que ficou de fora da TV, antes de assinar com a atual emissora: “Descobri o diabetes e emagreci muito rapidamente. Fiquei também com depressão, mas isso a gente tem a família pra cuidar.”
Poucos se recordam, mas o ‘Leão’ já esteve na TV Globo. A respeito de sua saída da emissora carioca, ele disse não ter mágoas e revela amizade com a família Marinho.
“Costumo dizer que na Globo foi onde me senti mais à vontade. Gosto muito do José Roberto Marinho que foi meu patrão na Rádio Globo e meu amigo. Nos dávamos muitíssimo bem. Saí da TV Globo para enfrentar novos desafios e valeu a pena. Nunca tive nada de mágoa ou qualquer outra coisa contra essa minha casa”, falou.
Veja a entrevista completa:
RD1 – Você passou muito tempo na TV Record, onde apresentou diversos programas. Sente falta da emissora?
Gilberto Barros – A gente sempre sente saudades dos lugares bacanas que passou. E ainda mais quando se fez realmente a diferença onde passou. Não sinto falta. Sinto saudades boas.
RD1 – Por que você e a Record não chegaram a um acordo para renovação de contrato?
Gilberto Barros – Os contratos vencem e a opção é pelo sim, mas existem razões que não dependem apenas de você e isso sempre acontece. Tanto a emissora quanto o artista podem optar pelo não também. Na ocasião temos que ponderar e, repito, não depende apenas de você, mas das duas partes.
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Venceu e preferi, na época, tocar a vida. Seria melhor pra todos. Mas fui importante ali. Tenho consciência de tudo que representei para meus irmãos da emissora. Tenho muito orgulho de tudo que foi feito. Intenso.
RD1 – Você chegou a apresentar o “Cidade Alerta”. Se recebesse um convite para voltar a comandar um programa jornalístico, aceitaria?
Gilberto Barros – Dentro dos meus moldes, talvez. Talvez é sempre o mais apropriado a responder, pois tenho que estar confortável para pilotar uma nave e fazê-la subir com segurança. Não é?
RD1 – E o que você acha do “Cidade Alerta” hoje apresentado por Marcelo Rezende?
Gilberto Barros – Gosto muito. Ele é irreverente e tem seu estilo. Sem falar que adoro o Marcelo, meu amigo e vizinho. Ele merece mais.
RD1 – A Globo foi sua primeira emissora de TV. Depois de ir para a Record, você jamais voltou ao canal carioca. Há alguma mágoa por conta disso? Gostaria de futuramente estar novamente na Globo?
Gilberto Barros – Olha, costumo dizer que na Globo foi onde me senti mais à vontade. Gosto muito do José Roberto Marinho que foi meu patrão na Rádio Globo e meu amigo.
Nos dávamos muitíssimo bem. Sai da TV Globo para enfrentar novos desafios e valeu a pena. Nunca tive nada de mágoa ou qualquer outra coisa contra essa minha Casa.
Alias, saí pela mesma porta que entrei: pela frente. E voltaria sim e pela mesma porta. Fui muito querido na Globo. Também dei minha contribuição para que ela se tornasse o que é hoje. Aprendi muito lá e repito, conheci a família Marinho como poucos e eles são realmente uma família digna.
RD1 – Você passou muitos anos afastado da televisão. Marcelo Rezende chegou a dizer que pensou em se matar quando ficou longe da TV, sem oportunidades. E você? Por que ficou tanto tempo longe? Faltaram convites?
Gilberto Barros – Fiquei três anos fora do ar. Nesse período, descobri o diabetes e emagreci muito rapidamente. Fiquei também com depressão, mas isso a gente tem a família pra cuidar e os amigos também — poucos os verdadeiros. Recebi três convites pra voltar, mas não se encaixavam nas minhas expectativas. Não tinham a minha cara. Voltar por voltar, preferi dar um tempo a mais e retornar em algo desafiador e com possibilidades.
Acreditei na Rede TV e achei viáveis as coisas que me prometeram.
RD1 – Os “amigos” sumiram quando você não estava no auge?
Gilberto Barros – Creio que acontece com todo mundo em todos os setores. Isso faz parte da humanidade. É triste, mas é verdade. Mas levo pro lado de que temos também os bons, poucos, mas bons. Bons não. Ótimos.
RD1 – Qual a maior frustração da sua carreira como apresentador?
Gilberto Barros – Não sou do tipo que tem frustração. De verdade. Aproveito e faço exatamente o que tenho que fazer. E não faço exatamente o que não tenho que fazer.
Sou apresentador de verdade. Profissional de verdade e consciência disso tenho plenamente.
RD1 – E o maior sucesso de toda a sua carreira?
Gilberto Barros - Do mesmo jeito que não me frustro também não fico babando em cima do que faço. Talvez o maior sucesso de minha carreira foi quando empunhei o microfone da primeira rádio, a Difusora de Lucélia, pela primeira vez no primeiro contrato feito de boca. Esse valeu mais que todos e não expirou até agora. É só me chamarem.
RD1 – Se pudesse voltar atrás, faria o que diferente? Tem algum arrependimento?
Gilberto Barros – Nada diferente. Nem posso. Minha vida e carreira foram traçadas na vontade de Deus. Tudo que pedi a Ele recebi a mais. Não tenho o direito de arrependimento.
RD1 – Atualmente, Rafinha Bastos substituiu Danilo Gentili na Band e isso gerou confusão. Você já substituiu Ratinho na Record. Na época, houve algum desentendimento? Qual sua relação com Ratinho?
Gilberto Barros – Ao contrário. O próprio Ratinho abriu caminhos e portas para que eu viesse substituí-lo. Minha relação com ele sempre foi ótima e somos amigos.
FONTE RD1
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